No universo da Medicina, determinados procedimentos desempenham papéis cruciais no diagnóstico, no tratamento e no manejo de doenças. A linfadenectomia pélvica está entre essas intervenções importantes, especialmente para a oncologia.
Trata-se de uma conduta fundamental no tratamento de diversos tipos de câncer, incluindo aqueles que afetam os sistemas ginecológico, urológico e gastrointestinal.
Neste artigo, você vai entender o que é a linfadenectomia pélvica, qual é a sua importância para a oncologia, as indicações específicas para o procedimento, a técnica cirúrgica utilizada e o processo de recuperação dos pacientes.
Um artigo validado por Renato Corradi
O texto que você vai ler agora foi validado por um especialista no assunto. O Dr. Renato Corradi é um médico uro-oncologista especializado em câncer de próstata e referência em cirurgia robótica em Belo Horizonte e na Região Metropolitana.
A relação dos gânglios linfáticos com a propagação do câncer
Antes de entender a importância da linfadenectomia pélvica, é essencial, em primeiro lugar, conhecer o papel dos gânglios linfáticos no corpo humano.
Essas pequenas estruturas em forma de feijão fazem parte do sistema linfático e atuam como filtros que capturam e destroem substâncias nocivas, por exemplo, bactérias, vírus e células cancerosas. Distribuídos por todo o corpo, os gânglios linfáticos concentram-se especialmente em áreas como pescoço, axilas e região pélvica.
Enquanto ajudam a impedir a disseminação de células cancerosas, no entanto, há a possibilidade de os gânglios linfáticos também se tornarem “rotas” para a metástase em nosso organismo. Quando se espalham além do tumor primário, as células cancerosas podem viajar pelo sistema linfático e se alojar nos gânglios linfáticos.
A presença de células cancerosas nesses gânglios é um indicador de que o câncer pode estar se disseminando pelo corpo, o que é crucial para determinar o estágio da doença e as opções disponíveis para o tratamento.
O que é a linfadenectomia pélvica?
A linfadenectomia pélvica consiste na remoção cirúrgica de gânglios linfáticos na região pélvica. Esse procedimento é essencial tanto para avaliar a extensão da disseminação do câncer quanto para remover gânglios linfáticos que possam conter células cancerosas, ajudando a prevenir a propagação da doença.
Esse é um procedimento que pode ser realizado de forma padrão ou estendida, dependendo da extensão necessária para a remoção dos gânglios linfáticos.
Linfadenectomia pélvica estendida
A abordagem estendida envolve a remoção de maior número de gânglios linfáticos em comparação com a abordagem padrão, que normalmente se concentra nos gânglios obturadores.
Tal abordagem, considerada mais abrangente, permite uma avaliação ainda mais precisa da disseminação do câncer no organismo do paciente, proporcionando uma base mais sólida para o planejamento terapêutico.
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Em quais situações a linfadenectomia pélvica é indicada?
A linfadenectomia pélvica é recomendada em diferentes situações, principalmente quando há suspeita de metástases nos gânglios linfáticos. As indicações específicas incluem:
- Câncer de próstata: realizada para determinar se o câncer se espalhou para os gânglios linfáticos pélvicos. Essa informação é crucial para decidir sobre a necessidade de tratamentos adicionais, como radioterapia ou quimioterapia. A remoção dos gânglios linfáticos pélvicos pode melhorar o prognóstico do paciente.
- Câncer de bexiga: a remoção e a avaliação dos gânglios linfáticos são essenciais para determinar a extensão da disseminação do câncer e a necessidade de tratamentos complementares. A linfadenectomia pélvica fornece informações valiosas sobre o estágio da doença.
- Câncer ginecológico: frequentemente utilizada em cânceres ginecológicos, como câncer de colo de útero, endométrio e ovário. A avaliação dos gânglios linfáticos é vital para o planejamento terapêutico e há a probabilidade de influenciar significativamente as opções de tratamento.
- Câncer gastrointestinal: Em certos tipos de câncer gastrointestinal, como o câncer colorretal, a linfadenectomia pélvica chega a ser indicada para avaliar a disseminação da doença e guiar as decisões terapêuticas.
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É bastante comum que a linfadenectomia pélvica seja realizada em casos de câncer de próstata. Este, inclusive, é um assunto de extrema importância para a saúde masculina, mas a desinformação ainda é uma grande inimiga.
É fundamental que os homens conheçam essa doença, já que ela é tão comum e pode afetar pessoas de qualquer idade – ainda que homens mais velhos sejam mais suscetíveis e façam parte do grupo de risco para a condição.
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Saiba como é feita a linfadenectomia pélvica
A realização da linfadenectomia pélvica se dá com o uso da anestesia geral. A duração do procedimento pode variar de acordo com sua complexidade, a depender da disseminação do câncer e da necessidade de remover tecidos adicionais.
Durante a cirurgia, o cirurgião responsável realiza as incisões na região pélvica do paciente para acessar e remover os gânglios linfáticos. Em determinados casos, técnicas minimamente invasivas, como a cirurgia laparoscópica ou robótica, são utilizadas para reduzir o tempo de recuperação e minimizar complicações.
Continue lendo para conhecer mais cada uma delas.
Técnicas cirúrgicas usadas
Existem várias abordagens cirúrgicas para a linfadenectomia pélvica. Conheça cada uma delas:
- Cirurgia aberta: o cirurgião faz uma incisão maior para acessar a região pélvica. Isso permite uma visão direta e completa dos gânglios linfáticos, mas pode resultar em um tempo de recuperação mais longo e maior risco de complicação.
- Cirurgia laparoscópica: essa é uma técnica que faz pequenas incisões com instrumentos especializados para remover os gânglios linfáticos. Geralmente, resulta em menos dor pós-operatória e uma recuperação mais rápida.
- Cirurgia robótica: Similar à laparoscopia, mas com o uso de um sistema robótico que proporciona maior precisão e controle ao cirurgião. Tal abordagem pode melhorar os resultados cirúrgicos e reduzir o tempo de recuperação, entre outros benefícios.
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Recuperação após a linfadenectomia pélvica
Essa é uma dúvida bastante comum, mas vale destacar que não é possível estimar corretamente o tempo de recuperação. Cada caso é um caso; além disso, ele vai depender da técnica usada, uma vez que alguns procedimentos são menos invasivos e, portanto, permitem que o paciente se recupere mais rapidamente.
É importante, no entanto, destacar que, em meio ao pós-operatório, é preciso tomar cuidados para evitar complicação, como infecções ou linfedema (inchaço causado pelo acúmulo de fluido linfático). Fisioterapia e exercícios específicos são muitas vezes recomendados para auxiliar na recuperação e prevenir o linfedema.
O médico faz algumas recomendações específicas após a realização da intervenção cirúrgica. Além de colocá-las em prática, vale a pena tirar todas as dúvidas antes de voltar para casa e iniciar o período de recuperação.
A importância desse procedimento
Como vimos, a linfadenectomia pélvica é um procedimento vital no manejo de diversos tipos de câncer, desempenhando papel crucial na avaliação da disseminação da doença e na remoção de gânglios linfáticos afetados.
Por meio da combinação de técnicas cirúrgicas avançadas, como a cirurgia robótica, com um planejamento terapêutico detalhado, os resultados para os pacientes podem ser significativamente melhorados.
Conheça o Dr. Renato Corradi e agende a sua consulta
Dr. Renato Corradi se formou em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais em 2008. Ele completou sua residência em Cirurgia Geral no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG) de 2009 a 2011.
Com interesse especial em urologia, Dr. Corradi realizou sua residência no Instituto Mário Penna, em Belo Horizonte, de 2011 a 2014.
Mais tarde, sua paixão pela uro-oncologia falou mais alto e o levou a participar do programa de Research Fellow no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, além de obter seu doutorado em cirurgia pela UFMG em 2020.
Atualmente, Dr. Renato Corradi é um renomado urologista especializado em uro-oncologia e cirurgia robótica, atuando em importantes hospitais de Belo Horizonte e Região Metropolitana, incluindo o Instituto Mário Penna, o Hospital Biocor, a Rede Mater Dei e o Hospital Vila da Serra.
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