Quando o foco é a saúde do homem, é necessário falar sobre diferentes condições, esclarecendo quais são suas causas, os sintomas e outros detalhes considerados fundamentais. E a herpes genital masculina é um tema importante nesse cenário.
Esta condição, classificada como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), demanda atenção e compreensão para que os homens possam enfrentá-la de maneira informada e focada, principalmente, na prevenção.
Para oferecer informações úteis e seguras sobre esse assunto, o blog do Dr. Renato Corradi preparou este artigo especial. Você vai saber o que é a herpes genital masculina, como ela é causada, quais são os principais sintomas, entre outros pontos.
Post elaborado pelo Dr. Renato Corradi
Antes de falar sobre a herpes, vale a pena destacar que este artigo foi elaborado pelo médico uro-oncologista Renato Corradi, experiente na área e uma grande referência no tratamento do câncer de próstata em BH e Região Metropolitana.
Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (em 2008), Renato se especializou em urologia e chegou a participar do programa de research fellow do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, nos EUA.
Nos últimos anos, tornou-se uma importante referência na cirurgia robótica no tratamento ao já mencionado câncer de próstata. Se estiver em busca de um urologista, marque uma consulta clicando na imagem disponível abaixo.
O que é herpes genital?
Como mencionamos na introdução deste texto, a herpes genital é considerada uma doença sexualmente transmissível. A condição, causada pelo vírus herpes simples, pode ser transmitida por meio do sexo vaginal, oral ou anal.
Trata-se de uma infecção que se destaca por atacar a pele ou as membranas dos genitais, tanto dos homens quanto das mulheres. Quando um indivíduo é infectado, o vírus é capaz de se esconder nas células nervosas e permanecer no organismo.
Mesmo nos casos em que não há lesões ativas, uma pessoa tem condições de passar o vírus para outra. É muito importante ter isso em mente, ainda que as infecções sejam muito mais frequentes quando estão ativas.
Na região genital, a infecção mais frequente ocorre pelo vírus do tipo 2 (HSV-2). O tipo 1 (HSV-1), por sua vez, está mais associado a herpes que atingem outros locais do corpo, como os lábios, a boca ou mesmo a face.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), em dados divulgados em 2017, aproximadamente dois terços da população mundial sofre com a herpes.
Causas
As origens do herpes genital estão relacionadas ao contato direto com o fluido presente em bolhas e ulcerações, frequentemente localizadas em lugares como genitais, coxas, ânus e até mesmo no colo do útero da mulher.
Além disso, as secreções dos órgãos afetados e o fluido oral têm o potencial de transmitir o vírus. Assim, a prática de atividade sexual, seja oral, seja vaginal, seja anal, sem o uso de preservativos com um parceiro portador do vírus, tem o potencial de colocar um indivíduo em risco.
O uso de métodos de proteção durante as relações sexuais é crucial para evitar a propagação do vírus. Falaremos mais tarde, ainda neste artigo, a respeito das formas de prevenção ao herpes genital. Continue lendo para saber mais.
Principais sintomas da herpes genital
Um detalhe significativo com relação à condição é que ela pode ser assintomática. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a estimativa é de que aproximadamente entre 13% e 37% das pessoas que contraem os vírus de herpes (tanto o tipo 1 quanto o tipo 2) sofram com manifestações.
Ou seja: a maioria das pessoas, por não notar a presença de qualquer alteração no organismo, nem sequer tem ciência de que é portador do vírus e pode infectar outros indivíduos, o que reitera ainda mais a importância da prevenção.
Nos casos em que há sintomas, estão entre os principais:
- desconforto e coceira na região genital;
- dor ou formigamento no local;
- pequenas feridas e/ou bolhas nos órgãos genitais (inclusive no ânus);
- ardor na região genital;
- ínguas na virilha;
- vermelhidão local.
Na maioria das vezes, os sintomas, quando aparecem, surgem entre 10 e 15 dias após a relação sexual desprotegida com um indivíduo portador do vírus. Em alguns casos mais específicos, algumas outras manifestações também podem surgir, como:
- febre baixa;
- calafrios;
- dores musculares e de cabeça;
- mal-estar;
- perda de apetite;
- cansaço;
- corrimento na uretra (ou na vagina, no caso das mulheres);
- dor ao urinar e infecção urinária.
Vale lembrar, mais uma vez, que muitos casos são assintomáticos.
Aproveite e leia também este outro artigo interessante:
HPV em homens: sintomas, tratamentos e formas de prevenção
Como é realizado o diagnóstico?
Caso apresente os sintomas de uma herpes genital, é necessário procurar por um especialista para confirmar ou descartar o diagnóstico.
Os médicos que cuidam dessa condição são os urologistas e, no caso das mulheres, os ginecologistas. Lesões no ânus podem ser avaliadas por um profissional de saúde de outra especialidade: o proctologista.
Na maioria das vezes, uma avaliação clínica é suficiente para que a herpes seja diagnosticada. Em determinadas situações, no entanto, pode ser necessária a realização de alguns exames, como a cultura de vírus ou mesmo o hemograma, para a confirmação.
A herpes genital tem cura?
Infelizmente, não há cura para a herpes genital. As lesões causadas pela infecção, porém, cicatrizam espontaneamente com o passar do tempo. Ainda assim, mais tarde, outras lesões podem surgir.
O tratamento contra essa condição é baseado, especificamente, no alívio dos sintomas, reduzindo a gravidade e a duração das manifestações. Pomadas e medicamentos orais como antivirais e antibióticos podem ser indicados.
Apenas um médico, vale salientar, deve receitar o uso de qualquer tipo de medicação. Além disso, o paciente precisa mudar alguns hábitos em seu dia a dia, principalmente com relação à higiene das mãos após o toque em lesões.
Isso não é importante apenas para evitar que o vírus seja transmitido a outras pessoas: esse hábito também evita que ele seja transferido a outras regiões do corpo, como a boca e os olhos, por exemplo.
Eventuais crises de herpes genital
Como você viu, a herpes genital não tem cura, o que significa que lesões podem surgir a qualquer momento, sem indícios prévios. Existem, no entanto, alguns fatores que podem desencadear uma crise.
Entre as situações que podem aumentar o risco de uma crise, estão:
- imunidade baixa;
- estresse;
- exposição prolongada ao sol;
- febre;
- traumas nas regiões genitais;
- uso de corticoide;
- alterações hormonais.
Um detalhe interessante relacionado à infecção: normalmente, as crises são mais brandas quando comparadas com as primeiras manifestações da infecção. Isso porque o sistema imunológico do indivíduo começa a criar anticorpos para combater a doença, reduzindo sua progressão.
Nessas situações, além do uso de tratamentos indicados pelo profissional, é necessário tomar outros cuidados, como evitar que as feridas sejam expostas ao sol, por exemplo. Evitar estourar as bolhas e manter relações sexuais durante a crise também são recomendações.
Cicatrização: quanto tempo até o desaparecimento das lesões?
É possível descrever uma média relacionada ao tempo de cicatrização comum da herpes genital. É necessário, no entanto, esclarecer que isso vai variar de caso para caso e, em todos eles, as lesões desaparecem naturalmente.
O tempo costuma durar aproximadamente sete dias, mas pode ser maior ou menor.
É possível se prevenir contra a herpes genital
Já citamos neste texto que é possível se prevenir contra a herpes genital. O primeiro ponto é destacar a importância de pensar em conjunto: pessoas que sofrem com a condição devem evitar contato sexual com outros indivíduos sem proteção.
Estão entre as principais maneiras de prevenção:
- usar preservativo, seja feminino, seja masculino, em todas as relações sexuais;
- evitar tocar em lesões;
- evitar o compartilhamento de objetos íntimos, como as lâminas de barbear, por exemplo.
Leia um artigo completo sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis
Agora que você se informou sobre a herpes genital, que tal começar a se informar a respeito de outras infecções relacionadas? O blog do Dr. Renato Corradi compartilhou recentemente outro artigo especial, desta vez falando das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) em geral.
Neste conteúdo especial e completo, você vai encontrar informações sobre:
- o que são as Doenças Sexualmente Transmissíveis;
- quais são as principais DSTs masculinas;
- informações relacionadas a essas condições;
- sintomas, tratamentos e diagnósticos;
- prevenção às infecções;
- a importância do urologista na saúde masculina;
- e muito mais!
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DSTs masculinas: conheça as mais comuns e seus respectivos tratamentos
Saiba mais sobre o Dr. Renato Corradi
Como você viu, este artigo faz parte do blog do uro-oncologista Dr. Renato Corradi. Se desejar, você pode conhecer melhor o seu trabalho, saber mais a respeito de sua trajetória profissional e conhecer suas referências.
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