O Papilomavírus Humano é uma infecção sexualmente transmissível que afeta tanto o público feminino quanto o masculino. Durante muitos anos, os esforços em conscientização contra a doença foram voltados apenas para as mulheres, mas é importante que o HPV em homens também ganhe destaque.
Muitas pessoas têm dúvidas sobre esse tema e a desinformação, infelizmente, ainda é um problema de saúde pública. Diante desse cenário, é necessário apostar em campanhas que levem dados claros e relevantes relacionados à condição, sempre com o objetivo de ressaltar suas complicações e as formas de prevenção.
Neste artigo especial, você vai se informar a respeito do HPV em homens, conhecer quais são suas causas, como ocorre a transmissão, quais são os sintomas mais frequentes, como é realizado o diagnóstico, os tratamentos e outros detalhes. Aproveite o texto e faça uma boa leitura.
Afinal, o que é o HPV?
O HPV é a sigla em inglês para Human Papillomavirus, que, em português, é chamado de Papilomavírus Humano. Trata-se de um grupo de vírus que engloba diversos tipos diferentes. Eles são transmitidos sexualmente e, por isso, a infecção causada por eles é considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível).
Esses vírus, que, conforme citamos na introdução deste artigo, podem afetar tanto os homens quanto as mulheres, têm o poder de provocar a formação de verrugas. Essas lesões podem atingir a pele e as regiões oral, genital, anal e da uretra dos pacientes infectados.
No caso das verrugas genitais, há um ponto bastante importante e que merece destaque: elas podem ser de alto risco, pois são precursoras de tumores malignos. Os mais comuns são o câncer de colo de útero, nas mulheres, e de pênis, nos homens.
Dados no Brasil
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, a estimativa é de que entre 9 e 10 milhões de pessoas vivam com o HPV no Brasil. Estima-se que 700 mil novos casos por ano surjam no país.
Como ocorre a transmissão do HPV em homens?
As relações sexuais são a principal forma de transmissão do HPV em homens. Ele pode ser transmitida por meio de relação anal, vaginal ou oral realizada sem o uso de preservativo, seja masculino ou feminino.
Além disso, a transmissão também pode ocorrer quando a área que contém as verrugas provenientes do HPV está exposta, pois as pessoas que apresentam as lesões têm muito mais chances de transmitir o vírus.
É necessário destacar que homens, mesmo quando não apresentam nenhum tipo de sinal a olho nu, podem transmitir o vírus por meio de contato íntimo, já que muitas das lesões são microscópicas e não podem ser vistas facilmente.
Informe-se sobre as ISTs
Como você viu, o HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), também chamada de Doença Sexualmente Transmissível (DST). Esse é um assunto de extrema importância e existem diversas condições que merecem mais atenção e a conscientização da população com relação à prevenção.
Diante desse cenário, nós preparamos para você um outro artigo especial voltado para a saúde masculina. Neste conteúdo, você vai conhecer as doenças mais comuns entre os homens, seus sintomas, tratamentos e outros detalhes importantes. Acesse agora clicando no link abaixo.
DSTs masculinas: conheça as mais comuns e o tratamento
HPV em homens: principais sintomas
É importante conhecer os principais sintomas do HPV em homens para atentar-se aos sinais de uma possível transmissão. Além de procurar um médico, é necessário evitar manter contato íntimo com outras pessoas até que o diagnóstico seja realizado ou descartado por um profissional.
Entre as alterações mais comuns entre o público masculino, estão:
- Verrugas genitais com aparência similar a uma couve-flor;
- Caroços ou feridas no pênis, escroto, ânus, boca ou garganta;
- Ardência;
- Coceira;
- Formação de placas (quando diversas verrugas se unem).
Vale lembrar que as verrugas podem ter diferentes cores e tamanhos, mas, na maior parte das vezes, são semelhantes a uma couve-flor. As primeiras manifestações não aparecem, necessariamente, pouco tempo depois da transmissão. Isso pode ocorrer meses ou até mesmo anos mais tarde.
Importante: nem sempre o HPV em homens apresenta sintomas. Por isso, a ausência dessas alterações não é o suficiente para garantir que não há a infecção pela doença, o que implica na necessidade de garantir a proteção com o uso do preservativo.
Grupos de risco
Os cuidados para evitar a transmissão com o HPV são necessários em toda e qualquer situação. Há, no entanto, alguns grupos de homens que têm mais chance de serem afetados pelo vírus e por suas complicações.
Fazem parte do grupo de risco homens:
- Não circuncidados;
- Que sofrem com condições imunossupressoras, como o HIV, ou que realizaram transplantes de órgãos;
- Homens que praticam sexo anal com outros homens.
Como é feito o diagnóstico do HPV em homens?
Embora as lesões sejam um sinal da infecção, é muito importante procurar um profissional da saúde, de preferência um urologista, para realizar o diagnóstico e seguir os tratamentos necessários.
Para diagnosticar o HPV em homens, o médico pode solicitar a realização de determinados exames, como a captura híbrida, por exemplo, para fazer a identificação dos fragmentos do vírus.
Trata-se de um exame considerado simples e indolor e que pode ser realizado em conjunto com a peniscopia, um teste feito no pênis com o objetivo de identificar lesões microscópicas ou alterações imperceptíveis a olho nu.
Em muitos casos, é necessário fazer uma biópsia do material coletado para que o diagnóstico seja realizado com mais precisão. Todos os procedimentos são simples e pouco invasivos, alguns realizados com uma anestesia local e uso de curativos.
Importante: mesmo nos casos em que o médico é capaz de confirmar a presença do HPV por meio das lesões, os testes são imprescindíveis para a identificação correta do tipo de vírus e, consequentemente, da decisão do melhor tipo de tratamento.
Tratamento: o HPV em homens tem cura?
Até os dias de hoje, não existe uma cura definitiva para o HPV, para nenhum dos públicos. Apesar disso, é possível fazer o controle dos sinais e sintomas da doença por meio de determinados tratamentos — que só devem ser indicados por um profissional de saúde.
Os procedimentos em questão dependerão da situação médica do paciente, além da extensão e do tamanho das verrugas provocadas pela doença. Entre as intervenções mais comuns para tratar o HPV, estão a utilização de:
- Laser;
- Eletrocauterização;
- Ácido tricloroacético.
Eles têm o objetivo de reduzir a coceira e a ardência causada pelo HPV, mas, vale lembrar, apenas médicos podem recomendar ou não a utilização desses métodos de tratamento.
Em alguns casos, medicamentos que fortalecem o sistema imunológico do paciente também podem ser indicados.
Quais são as formas de prevenção contra o HPV em homens?
Como citamos anteriormente, é altamente recomendado pelos especialistas o uso de preservativos femininos e masculinos. Além de serem contraceptivos, eles evitam a transmissão de diversas infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HPV.
Existe, no entanto, uma outra e importante forma de prevenção a esse tipo de vírus: os imunizantes. Eles são muito efetivos e conseguem proteger homens e mulheres contra os tipos mais comuns da doença e são considerados seguros.
As vacinas, que são distribuídas de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), devem ser tomadas em 3 doses. A primeira delas é indicada ainda durante a adolescência.
A indicação é de que se vacinem:
- Meninas entre 9 e 14 anos de idade;
- Meninos de 11 a 14 anos de idade;
- Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos.
É importante destacar que a vacina contra o HPV ainda é considerada um tabu, já que é indicada para meninos e meninas ainda na fase da adolescência.
A indicação é que a vacinação seja realizada por quem ainda não iniciou sua vida sexual para evitar futuras infecções. Além disso, é sabido que o sistema imunológico nas idades citadas responde melhor à vacina.
Vacinação para portadores de HPV
Uma outra dúvida comum com relação à vacinação contra o HPV está relacionada às pessoas que já são portadoras desse vírus. Muita gente se pergunta se há a necessidade de se imunizar nesses casos. A recomendação é, sim, fazer a vacinação, já que ela pode auxiliar na prevenção de outros tipos de HPV.
Consulte um profissional regularmente
Como você viu, procurar ajuda profissional é fundamental. Também é necessário ressaltar, além disso, a importância de fazer consultas regulares, garantindo o diagnóstico precoce de outras condições e a qualidade de vida como um todo.
No caso do público masculino, é essencial procurar um urologista pelo menos uma vez por ano, especialmente no caso dos homens acima dos 50 anos de idade. Se você está procurando por um profissional de confiança, conheça o Dr. Renato Corradi.
Uro-oncologista, é referência em cirurgia robótica em Minas Gerais e atende em alguns dos mais tradicionais hospitais da capital mineira e Região Metropolitana de Belo Horizonte. Agende uma consulta e tire todas as suas dúvidas!
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