Tornar-se pai é uma decisão significativa na vida de um homem; por isso, o planejamento reprodutivo é um detalhe bastante importante. A cirurgia de vasectomia é um procedimento seguro e eficaz, sendo um dos métodos contraceptivos mais comuns e procurados entre os homens.

No entanto, é natural que surjam dúvidas e questionamentos sobre a vasectomia. Afinal de contas, muitos homens se preocupam com questões relacionadas à reversibilidade do procedimento, seu impacto na vida sexual e sua eficácia em longo prazo, ainda que ele seja conhecido por sua alta eficiência.

Neste artigo especial, vamos explorar em detalhes essa intervenção cirúrgica, explicar quando ela é indicada e como é realizada e trazer informações sobre o pré e o pós-operatório, entre outras questões relevantes.

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Afinal: o que é vasectomia?

A cirurgia de vasectomia é um procedimento considerado relativamente simples, cujo objetivo é promover a esterilização masculina de forma permanente.

Tal operação interrompe ou obstrui o trajeto dos espermatozoides produzidos pelo testículo e conduzidos aos canais que terminam na uretra, impedindo, assim, uma eventual gravidez.

Dados no Brasil

De acordo com dados divulgados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2018, o número de vasectomias realizadas no Brasil aumentaram mais de 300% entre 2001 e 2017. Segundo o SUS, os registros saltaram de 7,7 mil homens para 34 mil que optaram pela esterilização.

Como a cirurgia de vasectomia é realizada

A cirurgia de vasectomia é um procedimento geralmente realizado com a aplicação de uma anestesia local no paciente, que costuma ser administrada com o auxílio de uma agulha fina, semelhante àquela utilizada por diabéticos para autoaplicação. 

Por meio de uma incisão de aproximadamente um centímetro na pele, o profissional retira apenas um fragmento de cada um dos dois canais responsáveis por levar os espermatozoides produzidos pelos testículos ao pênis. 

Diferentemente do que muitas pessoas acreditam, não há necessidade de manipular os testículos durante a intervenção. Na maior parte dos casos, essa técnica é rápida, sendo realizada normalmente entre 15 e 20 minutos.

Entre as vantagens dessa operação, está o fato de que não há necessidade de uma internação hospitalar para a realização do procedimento, que pode ser feito no próprio consultório médico.

Quem pode fazer a cirurgia de vasectomia

A Lei nº 9.263/1.996, que trata especificamente sobre o planejamento familiar, regulamenta a esterilização no Brasil. Ela foi sancionada em janeiro de 1996 e prevê que esse planejamento seja direito de todo e qualquer cidadão brasileiro.

De acordo com a legislação vigente, a cirurgia de vasectomia é permitida de forma voluntária nos seguintes casos:

  • Homens com capacidade civil plena que sejam maiores de 21 anos ou tenham pelo menos 2 filhos vivos.
  • Prazo de 60 dias entre a manifestação da vontade de realizar a cirurgia de vasectomia e a data real do procedimento.

Para a realização da intervenção, é necessário expressar a vontade de fazer a esterilização em um documento escrito e assinado, em que o paciente afirma estar ciente dos possíveis efeitos colaterais e das dificuldades de uma reversão no futuro.

Antes da cirurgia

Durante a consulta prévia, realizada antes de a operação ser agendada, o médico responsável pelo caso avaliará a saúde geral do paciente, levando em consideração possíveis condições médicas preexistentes e medicações em uso, com o intuito de garantir a segurança e eficácia do procedimento.

Também é necessário destacar um ponto: durante essa conversa com o profissional de saúde, o homem deve esclarecer todas as suas dúvidas e preocupações, com o intuito de tomar essa decisão de forma consciente. Lembre-se de fazer todas as perguntas que achar necessárias.

Pós-operatório

A cirurgia de vasectomia é um procedimento considerado minimamente invasivo. Por essa razão, o paciente é liberado no mesmo dia e a recomendação é de fazer repouso e aplicar bolsas de gelo na região para evitar a dor.

Com relação ao ato sexual, há a indicação de fazer o uso de outros métodos contraceptivos, como o uso do preservativo, por exemplo, nos primeiros 60 dias depois da realização da cirurgia.

Concluído esse período, é indicado fazer um espermograma, exame que tem o objetivo de avaliar a fertilidade masculina, a fim de constatar se houve sucesso na intervenção cirúrgica.

Complicações

Por se tratar de uma cirurgia considerada simples, são raras as complicações relacionadas à vasectomia. Embora incomuns, algumas alterações podem surgir em decorrência da intervenção. São elas:

  • Infecção
  • Hematoma (pele roxa no local operado)
  • Edema (inchaço no local)

Em longo prazo, pode haver a chamada “síndrome de dor pós-vasectomia”, que é representada por um desconforto no testículo, podendo ser leve a moderado. Normalmente, esse incômodo se reduz com o tempo, sendo uma resposta do corpo ao procedimento.

A vasectomia afeta a libido ou causa disfunção erétil?

Embora tenham o interesse em fazer a esterilização definitiva, muitos homens acabam se recusando a operar porque temem que ela possa afetar sua vida sexual. É fundamental, no entanto, destacar que a intervenção não provoca distúrbios de ereção.

A cirurgia de vasectomia não interfere na produção dos hormônios ou no desempenho sexual dos homens. Seu único objetivo é evitar a passagem dos espermatozoides e, consequentemente, evitar eventual gravidez.

Durante a ejaculação, o líquido produzido pela glândula prostática do homem continua sendo liberado sem qualquer alteração. Isso significa que não há nenhuma interferência na capacidade sexual ou na ereção.

A perda da libido e a disfunção erétil também são assuntos muito relevantes quando falamos sobre o universo masculino. Você pode se informar melhor a respeito dos dois temas nestes dois artigos no blog:

Falta de libido masculina: o que pode ser?

O que é disfunção erétil e quais são as opções de tratamento

As vantagens da vasectomia

Conforme explica o próprio Ministério da Saúde, em sua página especial sobre a cirurgia de vasectomia, as vantagens desse procedimento são:

  • Método seguro de evitar a gravidez.
  • A eficácia do procedimento não depende do uso de medicamentos.
  • Não há necessidade de internação para sua realização.
  • Na maior parte dos casos, a intervenção não causa dor.
  • Método não interfere no desempenho sexual.
  • Não é necessário interromper as relações sexuais.

Além disso, trata-se de um procedimento simples e minimamente invasivo, especialmente em comparação com a laqueadura, isto é, a esterilização feminina.

Também vale destacar outra vantagem para os casais: em determinadas situações, a saúde da mulher pode ser afetada por uma futura gravidez, e, nesse caso, a vasectomia é uma boa alternativa. Além do mais, ambos podem ter restrições relacionadas a outros métodos contraceptivos.

Cirurgia de vasectomia: saiba tudo sobre o procedimento

A vasectomia é reversível?

Esta resposta exige cautela. Isso porque é possível fazer a reversão da vasectomia, mas a taxa de sucesso de um procedimento realizado para reverter a cirurgia de esterilização varia muito de caso para caso.

A intervenção cirúrgica de reversão é mais complicada, e o tempo também é um fator que deve ser levado em consideração. Um homem que fez uma cirurgia de vasectomia há um ou dois anos tem mais chances de conseguir reverter o quadro do que um paciente que a realizou há 5 anos, por exemplo.

A vasectomia não protege contra DSTs

Esse é outro ponto que merece destaque. O único objetivo da cirurgia é realizar a esterilização masculina. Tal procedimento, portanto, não protege contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

Independentemente da realização ou não da cirurgia, é necessário manter outros métodos de proteção para evitar uma possível infecção por doenças transmitidas por via sexual. O preservativo é o mais recomendado.

Por falar em DSTs, vale lembrar que se trata de um tema de extrema relevância no universo da saúde masculina. O conhecimento é uma arma contra a falta de informação. Por isso, preparamos um artigo especial no blog com tudo o que você precisa saber a respeito. Acesse agora clicando no link abaixo.

DSTs masculinas: conheça as mais comuns e o tratamento

Qual médico realiza a cirurgia de vasectomia?

O médico indicado para realizar a cirurgia é o urologista. Esse profissional da saúde é especialista em toda a parte do trato urinário e dos órgãos do aparelho reprodutor masculino, como a próstata, por exemplo.

É importante manter consultas regulares com o urologista, especialmente após os 50 anos de idade. Em determinados casos, como pacientes que apresentam quadro de câncer de próstata na família, é recomendado procurá-lo a partir dos 45 anos.

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