O que é PSA? Qual é a diferença entre PSA total e PSA livre? Qual é o normal do PSA total? E qual é o valor normal do PSA livre? Essas e outras perguntas são muito frequentes quando o assunto é o antígeno prostático específico.
Seu nome é derivado do inglês prostate-specific antigen, e se trata de uma proteína produzida pelas células da próstata, uma pequena glândula masculina localizada abaixo da bexiga e responsável pela produção de parte do fluido seminal.
A medição dos níveis de PSA no sangue (tanto do PSA total quanto do livre) é um método utilizado para detectar doenças da próstata, incluindo o câncer de próstata. Neste artigo, você vai saber o que é o PSA, o que os níveis normais significam e como o exame é realizado, entre outros detalhes.
Validado pelo Dr. Renato Corradi, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia
O artigo que você está prestes a ler foi validado pelo Dr. Renato Corradi, um urologista com foco em uro-oncologia. Ele é membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e tem uma vasta experiência em casos de câncer de próstata.
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O que é PSA?
O PSA é uma proteína produzida pelas células epiteliais da próstata. Esta enzima é liberada no sêmen, onde são encontradas grandes quantidades dela. Ela também costuma ser encontrada na corrente sanguínea do homem.
Em testes normais, apenas pequenas quantidades de PSA são detectáveis no sangue. No entanto, certas condições podem causar um aumento dos níveis de PSA, tornando o exame de PSA uma ferramenta importante para o monitoramento de possíveis doenças, inclusive o câncer de próstata.
O exame é utilizado para avaliar os níveis de PSA no sangue e, nos casos em que são constatadas alterações, o médico responsável verifica se a causa é benigna ou maligna — falaremos melhor a respeito ainda neste artigo.
Leia um outro artigo sobre o PSA:
Exame PSA: o que é, como é realizado e quando é indicado
Como o exame é realizado?
O exame de PSA é um teste de sangue simples. O procedimento envolve a coleta de uma amostra de sangue, geralmente do braço do paciente, que é então enviada a um laboratório para análise.
Depois, o laboratório mede a quantidade de PSA na amostra de sangue, expressa em nanogramas por mililitro (ng/mL). Não é necessário nenhum preparo especial antes do exame, embora algumas recomendações possam ser dadas pelo médico, como evitar atividades que possam irritar a próstata — as relações sexuais, por exemplo.
Quais doenças o exame PSA ajuda a constatar?
Embora o exame de PSA, por si só, não seja capaz de diagnosticar diretamente nenhuma doença, ele pode auxiliar na identificação e monitoramento de diversas condições da próstata. A seguir, você vai conhecer algumas das principais doenças e condições que o teste pode ajudar a constatar.
Hiperplasia prostática benigna (HPB)
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um aumento não canceroso da próstata que ocorre frequentemente em homens à medida que envelhecem.
Esse aumento pode causar compressão da uretra, levando a sintomas urinários como dificuldade para iniciar a micção, fluxo urinário fraco, necessidade de urinar com frequência, especialmente à noite, e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
Embora a HPB não seja uma condição maligna, pode impactar significativamente a qualidade de vida de uma pessoa e é muito importante tratá-la. Aproveite para saber mais sobre a hiperplasia prostática benigna. Clique no link abaixo.
O que é hiperplasia prostática benigna? Causas, sintomas e tratamento
Prostatite
A prostatite, por sua vez, é uma inflamação da próstata. Ela pode ou não ser bacteriana e existem casos crônicos, que melhoram e retornam mais tarde, ou agudos. Estão entre as causas mais comuns da prostatite:
- Infecções bacterianas;
- Distúrbios do sistema imunológico;
- Lesões na região pélvica;
- Fatores genéticos;
- Comportamentos sexuais de risco;
- Estresse e estilo de vida.
A dor pélvica, a dificuldade para urinar e as disfunções sexuais são alguns dos principais sintomas. Em determinadas situações, outras manifestações, como calafrios, mal-estar e febre, também podem estar associadas.
Infecção urinária ou genital
As infecções do trato urinário (ITU) ou infecções genitais podem afetar a próstata e causar inflamação, resultando em sintomas como dor ou ardência ao urinar, necessidade frequente de urinar, urina turva ou com odor forte, e dor pélvica.
Nos homens, uma infecção urinária pode se espalhar para a próstata, causando prostatite bacteriana. Essas infecções são geralmente tratáveis com antibióticos, mas podem ocorrer se a causa subjacente não for abordada.
Câncer de próstata
O câncer de próstata é uma das formas mais comuns de câncer entre os homens, sendo mais frequente após os 50 anos de idade. Ele ocorre quando células anormais na próstata crescem de forma descontrolada, formando um tumor maligno.
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas significativos, mas, à medida que progride, pode causar dificuldade para urinar, sangue na urina, dor nos ossos e perda de peso, entre outras manifestações. A detecção precoce pode melhorar significativamente as chances de cura após o tratamento.
Fatores de risco
Vários fatores de risco podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver câncer de próstata. Estar ciente desses fatores é essencial para a prevenção e detecção precoce da doença. Entre os principais, estão:
- Idade: o risco de desenvolver câncer de próstata aumenta significativamente com a idade. A incidência e mortalidade da doença são mais elevadas em homens com mais de 50 anos e, por isso, é fundamental consultar-se regularmente com um urologista.
- Histórico familiar: um histórico familiar de câncer de próstata é um fator de risco importante. A presença de câncer de próstata em parentes próximos, como pai ou irmão, especialmente se diagnosticados antes dos 60 anos, pode indicar predisposição genética e aumento do risco.
- Sobrepeso e obesidade: o excesso de peso é outro fator de risco. Estudos mostram que homens obesos ou com sobrepeso têm uma probabilidade maior de desenvolver câncer de próstata. A obesidade também pode estar associada a formas mais agressivas da doença.
- Tabagismo: fumar aumenta significativamente o risco de câncer de próstata. Homens fumantes têm o dobro de chances de serem diagnosticados com a doença ao longo da vida em comparação com não fumantes.
Conheça os principais sintomas
O diagnóstico precoce de câncer de próstata é fundamental e aumenta significativamente as chances de cura da doença. Conhecer os sintomas mais comuns também faz toda a diferença. Estão entre os mais frequentes:
- Dificuldade para urinar;
- Sangue na urina;
- Demora para iniciar ou finalizar a micção;
- Fluxo urinário;
- Aumento da frequência urinária.
Esses sintomas podem não surgir em todos os casos. Alguns podem, inclusive, ser assintomáticos. Portanto, além de ser importante procurar orientação médica caso apresente essas manifestações, também é imprescindível manter o acompanhamento regular e os exames de rotina.
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PSA livre e PSA total: quais são as diferenças entre eles?
Esta é uma das principais dúvidas com relação ao PSA. A proteína é encontrada no sangue do paciente ligado ou não a outras proteínas. Por essa razão, ela é classificada de duas maneiras distintas:
- PSA livre: neste caso, está associado ao nível que circula no sangue, sem qualquer relação com outras proteínas.
- PSA total: por outro lado, o PSA total representa a soma do PSA ligado a outras proteínas ao PSA livre.
Essas diferenças são significativas e ajudam o urologista a detectar possíveis alterações na próstata do paciente e investigá-las para diagnosticar eventuais doenças, como as que citamos anteriormente.
Qual é o normal do PSA total?
Os médicos consideram normal o valor do PSA total de até 4,0 ng/mL. Quando um paciente apresenta níveis maiores do que 10 ng/mL, há um risco mais alto da presença de alguma doença, incluindo o câncer de próstata.
Quando o resultado fica entre 4 ng/mL e 10 ng/mL, a avaliação depende de outros exames complementares, de acordo com a orientação do profissional responsável pelo caso.
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