O câncer no rim tem tratamento? Essa é uma pergunta bastante frequente quando falamos sobre esse tipo de câncer, que está entre os 13 tipos mais incidentes no Brasil, com quase 12 mil casos anuais.

A boa notícia é que existem tratamentos disponíveis para pacientes diagnosticados com essa doença e eles variam de acordo com o estágio da condição no organismo. O diagnóstico precoce é muito importante e está diretamente relacionado às terapias indicadas pelo profissional após a descoberta do tumor.

Neste artigo, você vai conhecer os tratamentos disponíveis para o câncer de rim, quando cada um deles costuma ser indicado pelo profissional e outros detalhes.

O que é o câncer no rim?

O câncer de rim é representado pelo crescimento descontrolado de células em um ou nos dois rins. Ele resulta em um ou mais tumores nesse órgão. Se você quiser se informar melhor sobre a doença, acesse o artigo que já publicamos a respeito.

Câncer no rim: fatores de risco, como é feito o diagnóstico, sinais e sintomas

Câncer no rim: o tratamento

Após o diagnóstico do câncer no rim, o médico vai avaliar o caso para indicar qual é o tratamento mais indicado. O profissional levará em consideração o estágio em que a doença se apresenta e oferecerá as opções ao paciente.

Continue lendo e conheça os estágios e o que costuma ser indicado para o tratamento de cada um deles.

Estágio I

No estágio I, o tumor tem um tamanho de no máximo 7 centímetros e ainda se encontra dentro do rim do paciente. Sendo assim, a doença é considerada altamente curável por meio de procedimentos cirúrgicos.

Nesse caso, a retirada do rim doente pode ser realizada, em um processo chamado de nefrectomia radical. É possível fazer uma cirurgia aberta ou mesmo utilizar técnicas mais modernas, como a laparoscopia e a cirurgia robótica.

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Nefrectomia parcial

Com o avanço das técnicas cirúrgicas também surgiu a nefrectomia parcial, que, como o nome diz, é a retirada de uma parte específica do rim em que o tumor está localizado, evitando sua remoção completa.

Nesse caso, é possível evitar que o paciente fique com apenas um rim, o que pode ser delicado para algumas pessoas com condições específicas, como a hipertensão arterial e o diabetes, por exemplo.

Essa técnica também pode ser utilizada em pacientes diagnosticados com tumores nos dois rins. Quando o tumor apresenta tamanho menor que 7 centímetros e está localizado em áreas periféricas, esse método pode ser a melhor solução.

Outros tratamentos

Também existem técnicas menos invasivas, como a radiofrequência e a crioterapia, que costumam ser utilizadas quando os tumores são menores do que 4 centímetros. Esses procedimentos não são cirúrgicos e alcançam o tumor por uma agulha, que é introduzida através da pele do paciente.

Eles são guiados por ultrassonografia ou tomografia computadorizada e servem para que o tumor seja destruído por meio de altas ou baixas temperaturas.

Em pessoas idosas ou com problemas graves de saúde, há a possibilidade de fazer apenas o monitoramento de tumores pequenos, observando e repetindo exames regularmente para verificar o desenvolvimento da doença.

Câncer no rim: tratamento por estágio

Estágios II e III

No estágio II, o tumor tem mais de 7 centímetros e ainda está no rim do paciente. 

Quando a doença chega ao estágio III, o tumor também está maior e infiltrado em tecidos próximos ao órgão. Em ambos os casos, a nefrectomia radical é indicada, inclusive com a remoção de outros tecidos que podem ter sido afetados.

Em casos de maior risco, tratamentos preventivos, como imunoterapia ou terapia-alvo molecular, podem ser indicados pelo profissional.

Estágio IV

No estágio IV, as células tumorais chegam à corrente sanguínea do paciente e nos vasos linfáticos, criando metástases em outros órgãos e locais. 

Diante disso, é necessário tomar outras atitudes, já que o tratamento não deve ter foco apenas no rim doente — ainda que, em alguns casos, fazer a nefrectomia radical seja necessário para evitar possíveis complicações.

Câncer no rim: tratamento do estágio IV

Entre as opções de tratamento, estão:

Tratamento imunológico

Quando o câncer renal está em estágio avançado, a imunoterapia pode ser uma opção. Esse tratamento tem o objetivo de estimular o sistema imunológico a lutar contra os tumores por meio da administração de agentes por via intravenosa.

Geralmente, a indicação é que as aplicações aconteçam em intervalos de algumas semanas. É possível que o tratamento cause efeitos colaterais, principalmente quando o sistema imunológico passa a atacar os próprios órgãos.

Entre os efeitos mais comuns, estão:

  • Cansaço excessivo;
  • Mau funcionamento da tireoide;
  • Inflamação na pele (causando vermelhidão e coceira);
  • Inflamação no pulmão (provocando falta de ar e tosse);
  • Inflamação no intestino e nas articulações.

Terapia antiangiogênica

Também utilizada em alguns casos do estágio IV, a terapia antiangiogênica é um tratamento utilizado para bloquear a formação de novos vasos sanguíneos, com o objetivo de impedir o crescimento das células tumorais.

A administração dos medicamentos pode ocorrer por via oral ou venosa, de acordo com a indicação do profissional de saúde responsável pelo caso. Também há alguns efeitos colaterais comuns.

Radioterapia

De modo geral, os tumores renais são considerados relativamente resistentes ao tratamento com radioterapia. Esse tratamento, entretanto, pode ser indicado quando o paciente apresenta metástases ósseas ou cerebrais.

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Neste artigo, você leu sobre o câncer de rim, conheceu os estágios da doença e os tratamentos mais utilizados em cada um deles. Que tal se informar mais sobre urologia, uro-oncologia, cirurgia robótica e outros temas relacionados?

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