O câncer no rim está entre os 13 tipos de câncer mais incidentes no Brasil. São quase 12 mil casos por ano, o que corresponde a cerca de 3% de todas as ocorrências dessa doença no país.

Mais frequente em pessoas na faixa etária entre 50 e 70 anos e especialmente em homens, o câncer de rim ocorre quando as células de um ou dos dois rins crescem descontroladamente, resultando em um tumor.

Assim como outros tipos de câncer, é preciso ficar atento aos sinais e ir ao médico quando tiver sintomas. Evitar alguns comportamentos de risco também ajuda a diminuir a probabilidade de ter a doença. 

Neste artigo, vamos deixar claro para você quais são os fatores de risco, quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico do câncer no rim.

As funções do rim

A maioria das pessoas tem dois rins. Esses órgãos que têm formato de feijões estão localizados um em cada lado da espinha dorsal, dentro do abdômen. Sua principal função é limpar o sangue das toxinas e transformar os resíduos indesejados em urina.

Os rins dispensam cerca de um litro a um litro e meio de urina por dia;em uma rotina normal, com ingestão suficiente de água, uma pessoa vai ao banheiro de 3 a 6 vezes por dia.Podemos destacar que eles também produzem uma série de hormônios fundamentais e mantêm o nível de eletrólitos e água constantes no corpo.

Por ter funções tão importantes, esses órgãos são vitais. No entanto, é possível ter uma vida normal com apenas um rim. Se por algum motivo a pessoa não tem os dois, é preciso fazer hemodiálise.

O que acontece quando a pessoa não tem os dois rins?

Se uma pessoa precisa fazer a retirada dos dois rins, ela não vai produzir mais urina. Por meio da hemodiálise, processo que executa as funções do rim de forma mecânica, é possível continuar vivendo normalmente, com alguns cuidados.

Além de realizar as visitas ao hospital para a hemodiálise (caso não seja possível ter o equipamento em casa), é imprescindível seguir uma dieta específica e tomar cuidado redobrado com a ingestão de água, que não pode ser muito elevada.

As recomendações variam de caso a caso, mas existem hoje no Brasil mais de 150 mil pessoas que dependem desse procedimento. Um dos motivos é a perda desses órgãos por uma doença crônica, como é o caso do câncer no rim, que veremos com detalhes a seguir.

Fatores de risco do câncer no rim

Quando falamos em “fator de risco”, falamos em condições, características ou comportamentos que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver certa doença. Veja bem: alguns casos são características sobre as quais ninguém tem escolha, outros são comportamentos que você pode evitar.

Isso não significa, claro, que você terá câncer no rim caso se identifique com algum fator de risco, mas terá a probabilidade aumentada. Além disso, muitas vezes, o que acarreta o câncer é a combinação de vários aspectos. 

Os fatores de risco para câncer no rim são:

  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Hipertensão
  • Histórico familiar da doença
  • Doença de Von Hippel-Lindau (síndrome de predisposição ao câncer)
  • Tratamento prolongado de diálise por outras doenças
  • Exposição prolongada a químicos cancerígenos, como amianto ou cádmio

A razão pela qual as células do rim mudam e se tornam cancerígenas ainda não é conhecida. O importante é se manter atento aos sinais e fazer visitas periódicas ao médico, bem como compartilhar com ele o seu histórico familiar e outros fatores de risco.

Sintomas do câncer no rim

No início da doença, a pessoa às vezes não apresenta  sintomas ou esses são sutis. Veja alguns deles:

  • Dor na parte lateral da barriga e nas costas
  • Urina com sangue
  • Inchaço abdominal
  • Perda de peso

Como você pode imaginar, há a possibilidade de esses sinais estarem relacionados a várias outras doenças. Por isso, é fundamental consultar seu médico quando algum deles surgir e dar a ele todas as informações possíveis para buscar o melhor tratamento.

Como é o diagnóstico e o tratamento de câncer no rim

Os tumores renais geralmente são diagnosticados por exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Quanto mais cedo for diagnosticado, maior a probabilidade de cura.

Existem muitas formas de tratamento que dependem do tipo de câncer e do estágio. Isso só o médico pode analisar. Algumas possibilidades:

    • Remoção cirúrgica do rim (nefrectomia radical) tradicional.
    • Remoção cirúrgica do rim (nefrectomia radical) laparoscópica pura ou robótica. Método minimamente invasivo, com menor tempo de internação e morbidade reduzida. São feitos pequenos furos e neles introduzidos equipamentos cirúrgicos com uma câmera, permitindo que o cirurgião opere sem precisar realizar cortes maiores.
    • Remoção apenas da área afetada (nefrectomia parcial), caso as condições cirúrgicas sejam favoráveis. Também pode ser feita a nefrectomia parcial laparoscópica ou robótica.
    • Existem casos em que é indicado o tratamento com imunoterapia, ajudando no controle e facilitando a regressão da doença.

A importância de cuidar da saúde

Como você viu, o câncer no rim tem maiores chances de ser curado quando é descoberto no início. Ficar atento aos sintomas e fazer consultas regulares é fundamental e é uma medida de cuidado com a sua saúde.

Se algum sintoma surgir, contate seu médico de confiança, seja clínico, seja urologista. Você pode contar com esses profissionais para buscar formas de tratamento eficazes e que vão permitir uma vida tranquila e saudável.

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Se você leu este conteúdo e tem alguma dúvida sobre a saúde dos rins, não deixe de entrar em contato conosco.