A saúde masculina, por vezes, é um assunto negligenciado. E, entre os desafios que os homens enfrentam, a prostatite se destaca como uma condição muitas vezes incompreendida.

Ao longo deste guia, exploraremos os diferentes tipos de prostatite, suas causas subjacentes e os sintomas que podem afetar a qualidade de vida dos homens.

Não apenas vamos abordar informações detalhadas sobre métodos de diagnóstico e opções de tratamento, mas também abordaremos estratégias de prevenção que podem auxiliar na promoção de uma saúde prostática duradoura.

Artigo elaborado pelo Dr. Renato Corradi

O Dr. Renato Corradi, médico uro-oncologista especializado no tratamento do câncer de próstata em BH e Região Metropolitana, é o autor deste post.

Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais em 2008, ele consolidou sua experiência ao participar do programa de research fellow no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York.

Com destaque recente como referência em cirurgia robótica para o tratamento do câncer de próstata, o Dr. Renato Corradi está disponível para consultas, marcadas por meio da imagem abaixo.

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O que é a prostatite

A prostatite é a inflamação da próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga nos homens. A próstata envolve a uretra (o tubo que transporta a urina da bexiga para fora do corpo) e desempenha um papel importante na produção de fluido seminal.

A prostatite não é uma condição homogênea, mas um espectro de manifestações distintas — ou seja, existem diferentes tipos de prostatite. São eles:

Prostatite bacteriana (aguda e crônica)

A prostatite bacteriana aguda se manifesta abruptamente e é muitas vezes causada por uma infecção bacteriana. Os sintomas podem ser intensos e incluir febre, calafrios, dor pélvica e dificuldade ao urinar.

A prostatite bacteriana crônica é uma forma persistente da doença, causada por bactérias que continuam a afetar a próstata ao longo do tempo. Os sintomas podem ser menos intensos do que na forma aguda, mas podem persistir por um período prolongado.

Prostatite não bacteriana crônica

É a forma mais comum da doença, não associada a infecções bacterianas identificáveis. Os sintomas podem ser persistentes e afetar a qualidade de vida, mas a causa exata muitas vezes permanece desconhecida.

Prostatite assintomática inflamatória

Não apresenta sintomas evidentes, mas pode ser diagnosticada através de inflamação detectada em exames. Essa forma muitas vezes é descoberta acidentalmente durante exames médicos de rotina.

Causas e fatores de risco da prostatite

A prostatite pode ser desencadeada por uma variedade de fatores, desde infecções bacterianas até predisposições genéticas. Compreender essas causas é fundamental para uma abordagem eficaz de prevenção e tratamento.

Aqui estão alguns dos principais fatores que contribuem para o surgimento dessa condição:

  • Infecções bacterianas: em casos de prostatite aguda e bacteriana crônica, bactérias invadem a próstata, causando inflamação. Essas infecções podem ser adquiridas sexualmente, originar-se de infecções urinárias ou ser o resultado de procedimentos médicos.
  • Distúrbios do sistema imunológico: um sistema imunológico enfraquecido pode aumentar o risco de desenvolver prostatite. Condições como diabetes e uso prolongado de medicamentos imunossupressores podem comprometer a capacidade do corpo de combater infecções.
  • Lesões na região pélvica: traumas ou lesões na área pélvica podem aumentar o risco de prostatite. Isso inclui lesões decorrentes de acidentes, procedimentos médicos invasivos ou atividades esportivas intensas.
  • Fatores genéticos: alguns homens podem ter uma predisposição genética para desenvolver prostatite. Se membros da família tiverem histórico dessa condição, pode haver um aumento do risco.
  • Práticas sexuais: comportamentos sexuais de risco, como relações sexuais desprotegidas ou múltiplos parceiros, podem aumentar a probabilidade de infecções que contribuem para a prostatite.
  • Estresse e estilo de vida: o estresse crônico pode impactar negativamente o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções, incluindo aquelas que afetam a próstata. Hábitos de vida não saudáveis, como dieta inadequada e falta de exercício, também podem desempenhar um papel.

Sintomas da prostatite

Entender os sintomas mais associados à prostatite é crucial para um diagnóstico correto. Os sinais dessa condição podem variar, impactando áreas cruciais da saúde masculina. Normalmente, eles incluem:

  • Dor pélvica: uma queixa comum entre os afetados pela prostatite, a dor na região pélvica pode ser persistente e variar em intensidade.
  • Dificuldade ao urinar: alterações no padrão miccional, como dor ou dificuldade ao urinar, são sintomas frequentes que podem indicar a presença de prostatite.
  • Problemas sexuais: disfunções sexuais, como disfunção erétil ou dor durante a ejaculação, podem ser associadas à prostatite, afetando a saúde sexual dos homens.
  • Outros sintomas gerais: febre, calafrios e mal-estar geral podem ocorrer em casos de prostatite aguda, evidenciando a resposta do corpo à infecção.

Como evitar a prostatite?

Embora a prostatite não possa ser completamente evitada, a adoção de práticas saudáveis e a conscientização sobre os fatores de risco podem reduzir significativamente a probabilidade de desenvolver essa condição.

Aqui estão algumas estratégias que podem ser incorporadas ao estilo de vida para promover a saúde prostática:

  • Higiene adequada: manter uma boa higiene pessoal na área genital é fundamental. Lavar regularmente a região e usar preservativos em relações sexuais podem ajudar a prevenir infecções que podem levar à prostatite.
  • Estilo de vida saudável: uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e pobre em gorduras saturadas pode contribuir para a saúde geral e reduzir o risco de prostatite. A prática regular de exercícios físicos também é benéfica.
  • Hidratação adequada: manter-se hidratado é essencial para a saúde do sistema urinário. O consumo adequado de água pode ajudar a evitar infecções urinárias, que estão ligadas à prostatite.
  • Evitar lesões pélvicas: a prevenção de lesões na área pélvica é crucial. Isso inclui tomar precauções durante atividades físicas intensas, garantir que procedimentos médicos sejam realizados por profissionais qualificados e usar equipamento de proteção quando necessário.
  • Exames de rotina: realizar exames de rotina, especialmente para homens com histórico familiar de prostatite, pode permitir a detecção precoce e intervenção eficaz.

Ao adotar essas práticas preventivas, os homens podem fortalecer suas defesas contra a prostatite e promover uma saúde prostática duradoura.

No entanto, é crucial que qualquer pessoa que experimente sintomas suspeitos procure a orientação de um profissional de saúde para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado.

 

Leia também: Checkup anual para o homem – os exames e sua importância

Como é feito o tratamento para a prostatite?

O tratamento para a prostatite pode variar dependendo do tipo específico da condição (aguda ou crônica), da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. Veja quais são algumas abordagens comuns para o tratamento da prostatite, de acordo com o tipo de prostatite:

Prostatite aguda

Antibióticos

Se a prostatite for causada por uma infecção bacteriana, o tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos. O médico escolhe um antibiótico com base no tipo de bactéria identificado, se possível.

Analgésicos

Medicamentos analgésicos, como paracetamol ou anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), podem ser prescritos para aliviar a dor e reduzir a inflamação.

Repouso e hidratação

Descanso e aumento da ingestão de líquidos são frequentemente recomendados para ajudar no processo de recuperação.

Prostatite crônica

Antibióticos prolongados

No caso da prostatite crônica, o tratamento com antibióticos pode ser mais prolongado e pode exigir um curso mais extenso para garantir a eliminação completa da infecção.

Medicamentos para alívio dos sintomas

Analgésicos, relaxantes musculares e medicamentos para reduzir a inflamação podem ser prescritos para aliviar os sintomas.

Fisioterapia

Em alguns casos, a fisioterapia pode ser recomendada para ajudar a relaxar os músculos da área pélvica e melhorar a circulação sanguínea na região.

Estilo de vida e dieta

Mudanças no estilo de vida, como evitar alimentos irritantes para a próstata, reduzir o consumo de cafeína e álcool, e incorporar exercícios físicos, podem ser sugeridas para melhorar a condição.

Além disso, se houver complicações, como abscessos prostáticos, podem ser necessários procedimentos cirúrgicos para drenagem. 

O acompanhamento regular com o médico também é crucial para monitorar a eficácia do tratamento e ajustá-lo conforme necessário. Em alguns casos, especialmente na prostatite crônica, pode ser necessário investigar e tratar fatores contribuintes, como disfunção muscular, problemas imunológicos ou questões neurológicas.

A inflamação da próstata pode causar câncer?

A inflamação da próstata, conhecida como prostatite, não é considerada uma causa direta de câncer de próstata.

Vale ressaltar que a próstata é suscetível a diferentes condições, e nem todas as inflamações prostáticas estão relacionadas à prostatite. Além disso, o câncer de próstata é multifatorial, sendo influenciado por vários fatores, como idade, histórico familiar e outros.

Se você tem preocupações com sua saúde prostática ou possui fatores de risco conhecidos para o câncer de próstata, é aconselhável discutir suas preocupações com um profissional de saúde.

Exames de triagem e avaliações regulares são cruciais para o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz do câncer de próstata, especialmente em homens mais velhos.

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O Dr. Renato Corradi é um uro-oncologista, especializado em cirurgia robótica e uma das principais referências dessa técnica da medicina em Belo Horizonte e na Região Metropolitana da capital mineira.

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