A prostatectomia radical é regularmente indicada para o tratamento do câncer de próstata, tumor que pode acometer essa glândula do corpo masculino e que é um dos tipos mais comuns entre os homens.

Neste artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre o procedimento, entender quais são suas indicações, como ele funciona, quais são os riscos e os passos do pós-operatório.

O que é a prostatectomia radical?

A prostatectomia radical é uma cirurgia realizada para remover a próstata. Além disso, o procedimento também retira o tecido circundante, incluindo as vesículas seminais e, com frequência, nódulos linfáticos localizados em áreas próximas da glândula.

A operação é mais indicada para o tratamento contra o câncer de próstata, retirando todas as células cancerígenas. Ela também é recomendada, entretanto, para tratar outros estágios do câncer.

Qual a diferença para a prostatectomia simples?

Existe uma diferença entre a prostatectomia radical, em que toda a glândula é retirada, e a prostatectomia simples. Nesse segundo caso, a operação é realizada para remover o tecido da próstata, mas apenas parte da próstata é removida.

Ela costuma ser utilizada para tratar hiperplasia prostática benigna, que é uma doença benigna, não sendo indicada para o tratamento do câncer de próstata.

Prostatectomia radical: a preparação antes da cirurgia

Antes da realização da prostatectomia radical, alguns processos são necessários. Um dos principais é a realização de um exame pré-operatório, além de outros testes que podem incluir:

  • Eletrocardiograma (ECG);
  • Radiografia de tórax;
  • Análise clínica.

Além disso, também é recomendado fazer a fisioterapia do assoalho pélvico antes da realização da cirurgia, para que os músculos sejam fortalecidos e o pós-operatório beneficiado, evitando uma possível incontinência urinária.

Lembre-se da importância de tirar as suas dúvidas com o seu médico antes da realização do procedimento. Orientações específicas, como o jejum, por exemplo, serão passadas pelo profissional e pela equipe auxiliar.

Como é realizada a prostatectomia radical?

Existem três métodos para a realização da prostatectomia radical. A escolha da técnica ideal leva em consideração o estado geral de saúde do paciente, a evolução da doença e outras questões que serão discutidas com o profissional.

Conheça os métodos disponíveis:

Cirurgia aberta

A cirurgia aberta é o procedimento mais invasivo utilizado na prostatectomia radical. Nele, o cirurgião faz uma incisão vertical de 8 a 10 centímetros abaixo do umbigo do paciente. Em alguns casos, ela pode ser feita do reto até o escroto.

Ao longo do tempo, esse método foi perdendo espaço para as cirurgias laparoscópicas, mas, em determinadas situações clínicas, pode ser o mais recomendado.

Laparoscopia

A laparoscopia é uma cirurgia minimamente invasiva. Ela é realizada através de pequenas incisões no abdômen do paciente, em que instrumentos cirúrgicos são inseridos, inclusive uma câmera, que auxilia o cirurgião durante o procedimento.

Cirurgia robótica

A cirurgia robótica é um avanço da laparoscopia e tem um processo parecido. O médico, no entanto, tem uma visão ainda mais profunda, já que assiste a cirurgia através de um visor 3D.

Além disso, a cirurgia é realizada com a ajuda de pinças acopladas nos braços do robô, o que permite a mimetização dos movimentos do cirurgião.

A cirurgia robótica e a laparoscopia são métodos que podem diminuir as taxas de dores pós-operatórias e, portanto, impactam positivamente no tempo de recuperação e de internação do paciente.

O que é câncer de próstata? Fatores de risco, sintomas e prevenção

prostatectomia radical

Quais são os riscos da prostatectomia radical?

Embora seja uma cirurgia complexa, a prostatectomia radical apresenta um risco reduzido de complicações graves. Como todo procedimento cirúrgico, possui alguns riscos, e os mais comuns na prostatectomia radical são:

  • Incontinência urinária;
  • Disfunção erétil;
  • Sangramento após a cirurgia;
  • Infecção;
  • Desenvolvimento de uma hérnia no local da incisão;
  • Bloqueio do fluxo de urina.

Pós-operatório

Depois da cirurgia, um cateter é utilizado para drenar a urina durante alguns dias. Nesse primeiro período após o procedimento, medicamentos para aliviar o desconforto podem ser receitados pelo médico.

Em caso de cirurgia aberta, o indivíduo pode receber alta 2 ou 3 dias depois da realização da operação. É recomendado beber bastante água para manter a urina limpa e evitar infecções no trato urinário durante a recuperação.

Em caso de dor intensa, febre, cateter bloqueado ou outros sintomas, é muito importante procurar auxílio médico.

Tratamentos para câncer de próstata

Agora que você conhece a prostatectomia radical e suas características, vale a pena saber mais a respeito e entender em quais casos ela é indicada para tratar o câncer de próstata.

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Quais são os tratamentos para câncer de próstata?