O câncer de testículo tem cura? Essa é uma dúvida comum entre homens diagnosticados com a doença e pessoas próximas.
Embora seja um tipo de câncer considerado raro quando comparado a outros tipos, ele é tratável, especialmente quando detectado precocemente. Com os avanços na medicina, os tratamentos modernos garantem altas taxas de cura, proporcionando qualidade de vida aos pacientes após a recuperação.
A detecção precoce e o acesso a tratamentos eficazes são fatores essenciais para o sucesso do combate à doença. Felizmente, os métodos de diagnóstico evoluíram significativamente, permitindo identificar tumores em fases iniciais, aumentando assim as chances de cura total. No entanto, ainda existe um grande desconhecimento sobre a doença, o que pode levar a atrasos no diagnóstico e tratamento.
Neste artigo, abordaremos todas as principais questões relacionadas ao câncer de testículo, desde sua definição até os tratamentos disponíveis. Você aprenderá sobre os sinais e sintomas, os fatores de risco, os exames de diagnóstico e a importância de um acompanhamento médico adequado. Boa leitura.
Artigo validado pelo Dr. Renato Corradi
O artigo que você vai ler a partir de agora foi revisado e validado pelo Dr. Renato Corradi, uro-oncologista especialista em câncer de próstata e cirurgia robótica em Belo Horizonte e Região Metropolitana da capital mineira.
Com vasta experiência na área, ele reforça a importância da conscientização e do diagnóstico precoce para garantir um tratamento eficaz contra o câncer de testículo. Se está em busca de um urologista de confiança, agende uma consulta.
O que é o testículo e qual é a sua função?
Os testículos são duas glândulas localizadas dentro da bolsa escrotal, responsáveis por duas funções fundamentais para a saúde masculina: a produção de espermatozoides e a produção da testosterona, o principal hormônio masculino.
A testosterona, por sua vez, é essencial para o desenvolvimento das características sexuais secundárias dos homens, como o crescimento de pelos, o aprofundamento da voz e a manutenção da libido, entre outras.
Os testículos desempenham um papel importante na fertilidade. Eles produzem milhões de espermatozoides diariamente, garantindo a capacidade reprodutiva do homem. Por esse motivo, qualquer alteração na saúde testicular pode afetar não apenas a fertilidade, mas também a qualidade de vida do paciente.
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O que é o câncer de testículo e como ele se desenvolve?
Antes de saber se o câncer de testículo tem cura, é importante conhecer melhor sobre a doença. Ela ocorre quando células anormais começam a se multiplicar descontroladamente dentro dos testículos, formando um tumor maligno.
A maioria dos casos de câncer testicular tem origem nos chamados tumores de células germinativas, que são responsáveis pela produção de espermatozoides. Esse tipo de câncer pode se desenvolver de forma silenciosa e, muitas vezes, sem apresentar sintomas nos estágios iniciais.
O câncer de testículo tem cura?
Quando identificado precocemente, as taxas de cura do câncer de testúculo são altas, podendo ultrapassar os 95% nos casos iniciais. Existem diferentes subtipos desse câncer, incluindo seminomas e não seminomas, que apresentam características distintas e exigem abordagens terapêuticas específicas.
Dados do câncer de testículo
Embora o câncer de testículo seja raro, ele representa cerca de 1% dos tumores malignos masculinos no mundo e aproximadamente 5% das malignidades urológicas.
Sua maior incidência ocorre em homens jovens, entre 15 e 50 anos, sendo mais comum entre 25 e 35 anos. De acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2021, 439 mortes foram registradas no Brasil devido à doença.
Apesar do baixo índice de mortalidade, o câncer de testículo exige atenção, pois sua detecção tardia pode dificultar o tratamento. Como a doença pode progredir rapidamente, a conscientização sobre os sintomas e a realização de exames médicos regulares são fundamentais para evitar complicações.
Os dados descritos acima foram divulgados pelo Ministério da Saúde. Saiba mais a respeito clicando aqui.
Principais fatores de risco para a doença
Agora que você sabe que o câncer de testículo tem cura quando tratado precocemente, vale ficar atento. Existem alguns fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de um homem desenvolver a doença. Entre os principais, estão:
- Histórico familiar de câncer de testículo;
- Criptorquidia, condição em que um ou ambos os testículos não descem para o escroto durante o desenvolvimento fetal;
- Infertilidade e alterações testiculares congênitas;
- História prévia da doença no outro testículo;
- Exposição a substâncias químicas tóxicas, como agrotóxicos.
Além disso, a Síndrome de Klinefelter também é considerada um fator de risco para o câncer testicular. Trata-se de uma condição genética em que o homem nasce com uma cópia extra do cromossomo X, podendo afetar a vida da pessoa em determinados pontos, inclusive aumentando as chances do câncer no testículo.
Quais são os principais sinais e sintomas?
Embora, assim como outros tipos de câncer, o câncer de testículo possa não apresentar sinais ou sintomas, em boa parte dos casos ele apresenta determinadas manifestações no corpo do homem. Figuram entre as consideradas mais comuns:
- Presença de nódulo endurecido e geralmente indolor no testículo;
- Aumento ou diminuição do tamanho dos testículos;
- Sensação de peso no escroto;
- Dor persistente na parte inferior do abdômen ou virilha;
- Acúmulo de líquido no escroto;
- Sensibilidade ou crescimento das mamas (ginecomastia).
Vale destacar que, por si só, esses sintomas não significam que o homem está com um câncer testicular. Caso essas manifestações se apresentem, no entanto, é extremamente importante avaliar quais são as razões.
Para isso, a indicação é procurar um urologista de sua confiança e fazer uma consulta. Aproveite para ler os artigos abaixo relacionados a esse tema:
A importância da detecção precoce
Como você viu, o câncer de testículo tem cura. É preciso, no entanto, destacar que as chances aumentam significativamente quando o diagnóstico é feito precocemente.
Homens devem se habituar a realizar o autoexame dos testículos regularmente, identificando alterações suspeitas. A consulta com um urologista e exames regulares são indispensáveis para a detecção precoce e para evitar complicações futuras.
Como é feito o diagnóstico do câncer de testículo?
A partir do momento em que há a suspeita da presença do câncer de testículo, é preciso realizar um ou mais exames para a confirmação ou não da doença. Entre os exames que o médico pode solicitar ao paciente, estão:
- Exame clínico: realizado pelo urologista para identificar nódulos e alterações no testículo;
- Ultrassonografia escrotal: exame de imagem que auxilia na detecção de massas suspeitas;
- Marcadores tumorais no sangue: substâncias como alfa-fetoproteína (AFP), gonadotrofina coriônica humana (hCG) e desidrogenase lática (LDH) ajudam a confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade do tumor;
- Biópsia: em casos suspeitos, pode ser realizada a retirada de um fragmento do tecido testicular para análise laboratorial.
A necessidade ou não da realização de exames como os de sangue ou a biópsia dependerá de cada caso. O exame clínico e a ultrassonografia são os mais comuns.
Principais tratamentos para a doença
Assim como em outros tipos de câncer, o tratamento para o câncer de testículo depende do estágio da doença e das condições do paciente, entre outros fatores importantes. Entre os tratamentos mais utilizados, estão:
- Orquiectomia radical: procedimento cirúrgico para remoção do testículo afetado. É o tratamento inicial na maioria dos casos;
- Radioterapia: utilizada para eliminar células cancerígenas residuais, especialmente em casos de seminomas;
- Quimioterapia: indicada para cânceres mais avançados ou quando há metástase.
É muito comum que o testículo afetado seja retirado, mas vai depender de cada caso. Além disso, vale mencionar que a função sexual e reprodutiva do homem vai depender da integridade do testículo remanescente. Os tratamentos que envolvem quimioterapia e radioterapia também podem interferir nisso.
Acompanhamento após o tratamento
Após a realização do devido tratamento, o acompanhamento médico do paciente é essencial para monitorar possíveis recidivas.
O paciente deve realizar exames de sangue, tomografias e consultas periódicas com o urologista para garantir que o câncer não retorne. Como mencionamos neste texto, um diagnóstico anterior da doença é um importante fator de risco.
Conheça o Abril Lilás
O Abril Lilás é uma campanha dedicada à conscientização sobre o câncer de testículo, promovendo a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico regular.
Durante esse mês, especialistas e instituições de saúde reforçam a necessidade da atenção à saúde masculina, destacando como a informação e o autoexame podem salvar vidas.
A melhor forma de prevenção é a informação. Portanto, aproveite esse período para conhecer mais sobre a doença, compartilhar esse conhecimento com amigos e familiares e, principalmente, incentivar os homens ao seu redor a realizar consultas periódicas com um urologista.
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Abril Lilás: mês da conscientização do câncer de testiculo
Envie suas dúvidas para o Dr. Renato Corradi
Se você tem alguma dúvida sobre câncer de testículo, câncer de próstata, urologia ou saúde masculina em geral, entre em contato com o Dr. Renato Corradi. Ele está à disposição para esclarecer questões e oferecer um atendimento especializado.