A neoplasia prostática é um tema muito frequente quando o assunto é a saúde masculina, mas também pode gerar muitas dúvidas entre esse grupo.
Estamos falando de um termo que se refere ao crescimento anormal de células na próstata. Elas podem variar, causando alterações benignas ou mesmo malignas, como é o caso do câncer de próstata, um dos mais comuns entre os homens.
Este artigo aborda todos os aspectos importantes sobre a neoplasia prostática, incluindo sua definição, diagnóstico, estágios da doença, sintomas, fatores de risco, além das formas de tratamento disponíveis, entre outros detalhes. Boa leitura.
Este artigo foi validado pelo Dr. Renato Corradi
O artigo que você vai ler a seguir foi revisado e validado pelo Dr. Renato Corradi, um uro-oncologista especializado em câncer de próstata e referência em cirurgia robótica em Belo Horizonte e na Região Metropolitana. Se está em busca de um profissional competente, experiente e humanizado, agende uma consulta.
O que é a próstata e qual sua função?
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela tem o tamanho aproximado de uma noz e sua principal função é produzir o líquido prostático, que compõe cerca de 30% do sêmen.
Esse fluido tem como objetivo nutrir e proteger os espermatozoides, além de contribuir para a mobilidade deles, o que tende a aumentar as chances de fertilização durante a ejaculação.
Além disso, a próstata também desempenha um papel considerado muito importante na regulação da função sexual masculina, produzindo enzimas que ajudam na ejaculação e na fertilização, entre outros pontos importantes.
O que é neoplasia prostática?
A neoplasia prostática se refere ao crescimento anormal de células na próstata, o que pode levar à formação de tumores. Esses tumores podem ser benignos ou malignos — neste segundo caso, estamos falando do câncer de próstata.
Embora a maioria dos casos seja benigna, alguns podem evoluir para formas mais agressivas e desenvolver características cancerígenas. A detecção precoce é essencial, pois permite iniciar o tratamento adequado, prevenindo complicações mais graves.
A neoplasia pode ser classificada em diferentes categorias de acordo com o grau de agressividade das células afetadas. Em situações mais graves, ela pode resultar no câncer de próstata, uma das formas mais comuns de câncer entre os homens.
Quando a neoplasia prostática é considerada câncer de próstata?
A neoplasia prostática é considerada câncer de próstata quando as células da glândula prostática se tornam malignas, ou seja, quando o crescimento celular ocorre de forma descontrolada e pode invadir tecidos vizinhos ou se espalhar para outras partes do corpo (metástase).
O câncer de próstata é, na maioria das vezes, uma doença de evolução lenta, mas que pode se tornar agressiva se não for diagnosticada e tratada precocemente.
Quais exames são utilizados para o diagnóstico?
O diagnóstico da neoplasia prostática é feito por meio de uma série de exames, incluindo a avaliação clínica, exames laboratoriais e exames de imagem. Abaixo, explicamos os principais exames utilizados:
- Toque retal: exame físico simples que permite ao médico palpar a próstata e verificar alterações em sua consistência ou tamanho.
- PSA (Antígeno Prostático Específico): o exame de sangue que mede os níveis de PSA é uma ferramenta importante para a detecção precoce do câncer de próstata. Embora níveis elevados de PSA possam indicar câncer, também podem estar relacionados a outras condições benignas, como a hiperplasia prostática benigna.
- Ultrassonografia transretal: exame de imagem utilizado para visualizar a próstata e guiar a biópsia, caso necessário.
- Biópsia da próstata: quando os resultados do toque retal ou do PSA indicam a possibilidade de câncer, uma biópsia é realizada para confirmar o diagnóstico. Durante esse procedimento, amostras de tecido da próstata são retiradas e analisadas em laboratório para identificar células cancerígenas.
- Ressonância magnética: ajuda a avaliar a extensão do câncer dentro da próstata e se ele se espalhou para tecidos vizinhos.
- Tomografia computadorizada: é realizada para verificar se o câncer se espalhou para outras áreas do corpo, como ossos e linfonodos.
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Quais são os estágios da neoplasia prostática?
Os estágios da neoplasia prostática são classificados para determinar a extensão do câncer e o tratamento mais adequado. A classificação utiliza um sistema chamado Escala de Gleason, que avalia a agressividade do tumor.
Além disso, o estadiamento também leva em conta a extensão do câncer em relação à próstata e se houve metástase para outras partes do corpo.
Estágio I
O câncer está restrito à próstata, não sendo detectável por exames de imagem. A pontuação de Gleason é geralmente baixa e os níveis de PSA estão normais ou ligeiramente elevados. O tratamento pode envolver vigilância ativa ou, dependendo das características do tumor, cirurgia para remoção da próstata.
Estágio II
O câncer ainda está confinado à próstata, mas pode ser palpável durante o exame retal ou visível em exames de imagem. A pontuação de Gleason e os níveis de PSA são mais elevados do que no estágio I. O tratamento pode envolver cirurgia (prostatectomia), radioterapia ou uma combinação de ambos.
Estágio III
Neste estágio, o câncer se espalhou para tecidos próximos à próstata, como as vesículas seminais, mas ainda não há metástase para órgãos distantes. O tratamento geralmente inclui uma abordagem mais agressiva, como radioterapia, cirurgia e terapia hormonal.
Estágio IV
O câncer se espalhou para órgãos distantes, como os ossos, linfonodos ou outros tecidos. Neste estágio, o tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas e controlar a progressão da doença. As opções incluem quimioterapia, terapia hormonal e cuidados paliativos.
Outras doenças que podem surgir na próstata
Além do câncer de próstata, existem outras condições que podem afetar a próstata, incluindo:
- Hiperplasia prostática benigna (HPB): é o aumento não canceroso da próstata, muito comum em homens mais velhos. A HPB pode causar dificuldades urinárias, como fluxo urinário fraco, necessidade frequente de urinar à noite e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
- Prostatite: inflamação da próstata, que pode ser causada por infecção bacteriana ou outras causas. A prostatite pode causar dor pélvica, febre, dificuldade ao urinar e dor ao ejacular.
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O que é o câncer de próstata?
O câncer de próstata é uma das formas mais comuns de câncer entre os homens, especialmente em pessoas acima de 50 anos.
A doença geralmente se desenvolve de forma lenta e pode ser assintomática nas fases iniciais. Quando detectado precocemente, as chances de tratamento eficaz e cura são bastante altas. No entanto, se não tratado, o câncer pode se espalhar para outros órgãos, como ossos e linfonodos.
Sintomas mais comuns da doença
Os sintomas do câncer de próstata variam conforme o estágio da doença. Nos estágios iniciais, ele pode não apresentar sintomas evidentes. No entanto, conforme a doença progride, podem surgir os seguintes sintomas:
- Dificuldade para urinar, como jato fraco ou interrompido;
- Necessidade frequente de urinar, especialmente à noite;
- Sangue na urina ou no sêmen;
- Dor na região pélvica, lombar ou quadris;
- Dores ósseas, especialmente nas costas e quadris;
- Perda de peso inexplicada;
- Fadiga excessiva.
Fatores de risco
Alguns grupos correm mais risco de desenvolver o câncer de próstata e, por isso, é importante atentar-se a eles. São fatores de risco:
- Idade: o risco da doença aumenta com o avançar da idade, sendo mais comum em homens acima de 50 anos.
- Histórico familiar: homens com parentes de primeiro grau (pai ou irmão) diagnosticados com câncer de próstata têm maior risco de desenvolvê-lo.
- Raça: homens afrodescendentes têm maior risco de desenvolver câncer de próstata, e tendem a apresentar formas mais agressivas da doença.
- Dieta: dietas ricas em gorduras saturadas e carnes processadas podem aumentar o risco.
Além disso, a exposição a produtos químicos, inclusive o fumo, também pode aumentar o risco de um diagnóstico.
Tratamentos
O tratamento da neoplasia prostática depende do estágio da doença e das características individuais do paciente. As principais opções incluem:
- Vigilância ativa: em casos de câncer de próstata de baixo risco, os médicos podem recomendar monitoramento contínuo, com exames regulares de PSA e biópsias para avaliar a evolução da doença.
- Cirurgia (prostatectomia): a remoção da próstata é uma opção para os estágios iniciais do câncer. A prostatectomia pode ser feita de forma tradicional ou por via robótica, minimizando os danos aos tecidos ao redor.
- Radioterapia: a radioterapia utiliza radiação para destruir células cancerígenas. Pode ser usada sozinha ou em combinação com outros tratamentos.
- Terapia hormonal: em casos de câncer avançado, a terapia hormonal pode ser usada para reduzir os níveis de testosterona, o que pode ajudar a controlar o crescimento do tumor.
- Quimioterapia: quando o câncer se espalha para outras partes do corpo, a quimioterapia pode ser utilizada para controlar a progressão da doença.
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