O adenocarcinoma de próstata é o tipo mais comum de câncer que afeta a próstata, ou seja, glândula essencial do sistema reprodutivo masculino. Ele costuma ser silencioso nos estágios iniciais e pode se desenvolver de forma lenta ou agressiva.
É uma condição prevalente entre os homens, especialmente acima dos 50 anos. Por essa razão, conhecer seus sintomas, fatores de risco e formas de tratamento é fundamental para garantir um diagnóstico precoce e melhores chances de cura.
Neste artigo completo e especial, você vai se informar a respeito do adenocarcinoma, saber como esse tipo de câncer na próstata se desenvolve, quais são as principais causas, os sintomas, os tratamentos e outros detalhes.
Artigo validado pelo Dr. Renato Corradi
O conteúdo que você vai ler agora foi revisado e validado pelo Dr. Renato Corradi, médico urologista e especialista no tratamento de condições que afetam a próstata. Com vasta experiência na área, Dr. Renato é referência em cirurgia robótica e oferece uma abordagem humanizada e focada na saúde de seus pacientes.
O que é adenocarcinoma de próstata?
O adenocarcinoma de próstata é uma neoplasia maligna que surge nas células glandulares da próstata. Essas células são responsáveis por produzir o líquido que compõe o sêmen. Trata-se de um tipo de câncer considerado bastante comum, sendo um dos mais frequentes entre os homens ao redor do mundo.
Uma característica marcante do adenocarcinoma de próstata é sua ampla variabilidade. Em alguns casos, ele cresce lentamente e pode ser manejado por vigilância ativa, sem necessidade de intervenções imediatas.
Em outras situações, no entanto, o tumor pode ser agressivo, com potencial de se espalhar rapidamente para outras partes do corpo, como ossos e linfonodos.
O diagnóstico precoce da doença é extremamente importante, uma vez que ela permite que o tratamento seja iniciado o quanto antes, aumentando, significativamente, as chances de cura do paciente afetado.
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Quais são as principais causas da doença (fatores de risco)?
O adenocarcinoma de próstata está associado a uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Os principais fatores de risco incluem:
1. Idade avançada
Cerca de 80% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados em homens acima de 65 anos. A incidência aumenta significativamente com o envelhecimento; por essa razão, homens mais velhos devem acompanhar melhor a saúde.
2. Histórico familiar
Ter parentes de primeiro grau, como pai ou irmão, por exemplo, diagnosticados com câncer de próstata aumenta consideravelmente o risco. Quando os casos familiares ocorrem em idade jovem, o risco é ainda maior.
3. Raça
Homens negros apresentam maior probabilidade de desenvolver câncer de próstata e, nesses casos, a doença tende a ser mais agressiva. As razões para essa diferença ainda não são completamente compreendidas.
4. Estilo de vida
Hábitos como sedentarismo, consumo excessivo de álcool e uma dieta rica em gorduras saturadas e carnes processadas estão associados ao aumento do risco do desenvolvimento da doença.
5. Mutações genéticas
Alterações em genes como BRCA1 e BRCA2, conhecidos por sua relação com o câncer de mama, também desempenham um papel significativo no câncer de próstata. Aproximadamente 10% dos casos estão ligados a mutações hereditárias.
Importante: identificar esses fatores de risco é essencial para adotar estratégias de prevenção e acompanhamento médico. É aconselhável se consultar regularmente com um urologista e fazer os exames de rotina solicitados por ele.
Isso é fundamental a partir dos 50 anos de idade. Homens com histórico na família, em que pais ou irmãos tenham o diagnóstico, o ideal é fazer esse acompanhamento antes, a partir dos 45 anos – especialmente para os casos em que esse diagnóstico ocorreu antes dos 60 anos de idade.
Principais sintomas do adenocarcinoma de próstata
Nos estágios iniciais, o adenocarcinoma de próstata geralmente não apresenta sintomas – ainda que isso não seja uma regra. No entanto, quando a doença progride, alguns sinais podem surgir e são considerados comuns, incluindo:
Dificuldade para urinar:
Jato urinário fraco ou sensação de bexiga cheia.
Sangue na urina ou sêmen:
A presença de sangue pode ser visível ou detectada em exames.
Dor óssea:
Especialmente nas costas, nos quadris e nas coxas, pode indicar metástases.
Perda de apetite e peso:
Alterações metabólicas típicas de doenças avançadas.
Fadiga extrema e fraqueza:
Em razão da sobrecarga sistêmica causada pelo tumor.
Esses sintomas também podem estar associados a outras condições benignas, como Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) ou infecções urinárias, reforçando a importância de exames diagnósticos.
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O que é Hiperplasia Prostática Benigna? Causas, sintomas e tratamento
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- O que é o câncer de próstata.
- Outros fatores de risco.
- Manifestações da doença.
- Outros tipos de câncer de próstata.
- Formas de tratamento.
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Diagnóstico da doença
O diagnóstico do adenocarcinoma de próstata envolve uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Tais procedimentos são essenciais para identificar a presença de possíveis alterações na próstata e determinar se há necessidade de investigação adicional, como a realização de biópsias.
Quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, maiores serão as chances de um tratamento eficaz. Abaixo, destacamos os principais métodos utilizados:
1. Exame de toque retal
O exame de toque retal é uma ferramenta fundamental para avaliar o tamanho, a consistência e a presença de nódulos ou áreas endurecidas na próstata. Apesar de simples, é um procedimento eficaz, pois permite ao médico identificar alterações suspeitas que podem indicar o câncer.
2. Dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico)
O PSA é uma proteína produzida pela próstata e detectada no sangue. Níveis elevados de PSA podem indicar alterações na próstata, incluindo câncer, mas também condições benignas, como a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) ou prostatite.
3. Exames de imagem
Os avanços na tecnologia de imagem têm desempenhado um papel crucial no diagnóstico do adenocarcinoma de próstata. Métodos como a ressonância magnética são altamente precisos para identificar áreas suspeitas dentro da próstata.
4. Biópsia da próstata
Se exames iniciais, como toque retal, dosagem de PSA ou exame de imagem indicarem alterações suspeitas, uma biópsia da próstata será recomendada. Esse procedimento consiste em coletar fragmentos da glândula para análise microscópica.
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Escala de Gleason
A escala de Gleason é um método amplamente empregado para avaliar a agressividade do câncer de próstata com base na análise de amostras coletadas durante a biópsia.
O patologista, ao examinar o tecido sob um microscópio, atribui uma nota de 1 a 5 para o padrão celular mais predominante. Essa nota reflete o grau de semelhança entre as células tumorais e as células normais da próstata.
Como os tumores frequentemente apresentam variação no padrão celular, uma segunda nota é atribuída ao segundo padrão mais comum. As duas notas são somadas para formar o escore de Gleason, que varia entre 6 e 10, sendo:
Tipos de tratamentos utilizados
O tratamento do adenocarcinoma de próstata é personalizado, dependendo do estágio da doença e da saúde geral do paciente. As principais opções incluem:
1. Vigilância ativa
Indicado para tumores de baixo risco, consiste no monitoramento periódico com exames de PSA e biópsias regulares.
2. Cirurgia
A prostatectomia pode ser aberta, laparoscópica ou assistida por robô, sendo uma abordagem eficaz para tumores localizados. Aproveite para saber mais a respeito da cirurgia robótica em um e-book completo e gratuito. Clique na imagem abaixo.
3. Radioterapia
Inclui técnicas externas ou internas (braquiterapia), sendo uma alternativa viável para casos localizados ou como complemento à cirurgia.
4. Terapia hormonal
Bloqueia a produção de testosterona, essencial para o crescimento do tumor, e é utilizada principalmente em casos avançados.
5. Quimioterapia
Recomendada para tumores metastáticos resistentes à terapia hormonal.
6. Terapias focais
Incluem técnicas como HiFU, que utiliza ultrassom de alta intensidade para destruir o tumor sem afetar tecidos saudáveis.
Cada opção é avaliada com base na condição clínica e de acordo com a preferência do paciente.
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O Dr. Renato Corradi é um uro-oncologista especialista em câncer de próstata e referência em cirurgia robótica em Belo Horizonte e na Região Metropolitana da capital mineira. Agende logo uma consulta! Clique aqui.